segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Literatura Cotidiana




Por Laís Olivato

Poderíamos definir as crônicas de Literatura Cotidiana como um mergulho nos acontecimentos corriqueiros da vida de seu autor. Mas essa seria uma explicação simplista demais para qualificarmos o universo da narrativa de Bogado Lins. Suas andanças pelo tempo de hoje ou de ontem, as trajetórias percorridas no cosmopolitismo paulista ou no seu porto seguro carioca traduzem a odisseia da vida de um jovem rapaz que, às vezes, se sente mais velho do que realmente é.
O gosto pela escrita fez com que o blog se transformasse em livro. Suas vivências cotidianas foram relatadas em crônicas semanais em formato “pontocom” desde agosto de 2008. A oportunidade de lançar o livro de fato valorizou a experiência de Bogado como cronista. Reunindo um conjunto de textos cujas temáticas parecem elencadas e misturadas no tempo e no espaço, acompanhamos a vida deste personagem desde a infância até sua experiência como pai.
A publicação impressa de palavras pensadas, originalmente, para o meio digital percorre, exatamente, o caminho oposto das obras que vem sido digitalizadas no contexto da “democracia digital” do século XXI. A diferença é que Literatura Cotidiana já começou democrática. Tanto na escolha de temas comuns na vida contemporânea quanto na oportunidade do contato com os leitores que os Blogs proporcionam. Além disso, Bogado Lins publica textos encaminhados por outros escritores para enriquecer seu próprio cotidiano. 
A formação deste hipertexto digital é uma aventura contextualizada na propagação das redes sociais por diferentes meios, tablets, celulares e computadores cada vez menores e mais práticos. Carregando estes meios no cotidiano, o acesso às informações produziu um novo tipo de sociabilidade concentrada no fragmento e na pouca vivência das experiências em si. Aí está a importância da literatura. Os textos de Bogado Lins nos levam de volta a este gênero, mesmo que utilizando um formato diferente. Curtas e objetivas, as crônicas são um momento de reflexão sobre nossas vivências mais simples, muitas vezes menosprezadas na “correria do dia a dia”. É um momento de respirar, tomar fôlego e continuar.

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segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Abraços Partidos


Por: Fabiana Ratti 


Abraços Partidos é um filme do espanhol Pedro Almodóvar, que, traz às telas uma discussão muito importante: a questão das escolhas que são feitas ao longo da vida e as sérias consequencias que elas podem ter a curto e a longo prazo. O filme conduz e instiga o expectador ao maniqueísmo: os bons e o maus, as vítimas e os vilões; instiga a pensar em fatalidade e a culpabilizar os terceiros, mas, se formos refazer o trajeto, como o filme propõe,  a responsabilidade de cada vida é de cada sujeito. 

O filme começa com Mateo Blanco (Lluís Homar), cego, relembrando uma paixão já distante de sua vida, Lena (Penelope Cruz), aspirante a atriz, que na época era casada com Ernesto Martel (José Luis Gómez), um senhor alguns anos mais velho, orgulhoso e determinado, que não media esforços em suas conquistas, mesmo que precisando utilizar o dinheiro, o poder e a violência para alcançar seus objetivos. Lena o conhecia pois já havia trabalhado com ele anos antes. Sabia o caráter de seu marido e aproveitou as mordomias que o senhor lhe proporcionara. Certo dia, Lena, entediada com sua vida familiar, decidiu voltar-se para o sonho de ser atriz. Faz um teste e é rapidamente aprovada para trabalhar com o diretor Mateo Blanco, que está filmando sua primeira comédia Garotas e Malas. Logo nos primeiros momentos, Lena e Mateo envolvem-se em um romance.

É preciso mais ou é o bastante para uma tragédia?

Lógico que, com as cores de Almodóvar, temos a sensação de que não havia outra saída. Precisava Lena casar-se com Martel? Almodóvar aponta a direção que só havia esta saída... mas, se todas as pessoas que tiverem um ente familiar doente ou passarem por dificuldades financeira precisarem vender o corpo, a sociedade inteira seria um grande bordel! Existem outras saídas que a sociedade aponta, mesmo sendo, muitas vezes, difíceis e penosas. Lena faz sua escolha. Uma escolha que tem conseqüências futuras, pois, pensava ela que estava se casando com um gentleman? Um homem democrático que incluiria e respeitaria os seus direitos? No momento inicial ela gostou do acordo, e, era ciente da sordidez do proposto. Mateo também conhecia o respectivo marido, sabia do que Martel era capaz e mesmo assim ficou cego (antes de ficar cego biologicamente). Ficou cego e arriscou seu filme, seu nome, sua vida. Por um impulso, por prazeres sensoriais imediatos, Mateo arriscou sua integridade física e seus projetos de trabalho.  

Uma pena! Vidas em jogo. É assim o aparelho psíquico. Ele (o parelho psíquico) fica ‘desesperado’ para se satisfazer. O aparelho psíquico gosta de satisfação imediata e é atemporal, não inclui o futuro, não quer saber o que irá acontecer, ‘perde a cabeça’... Pessoas inteligentes parecem ficar ‘burras’, desnorteadas, cegas. É a força do inconsciente que tenta obter satisfação a qualquer custo e fica desgovernado. Quando o aparelho psíquico tem mais ‘musculatura’, está mais ‘forte’, ele consegue raciocinar, dirigir a situação, ter idéias para que a satisfação seja adquirida, mesmo que a posteriori, mas que seja mais duradoura e com custo menor, tanto para a vida como para os projetos.  

O filme narra a história de um curto circuito pulsional em que as escolhas e as atitudes dos sujeitos nortearam os caminhos e as diretrizes ao longo da estrada. É como mostram as estatísticas de trânsito, existe uma porcentagem muito grande de ‘acidentes’ que dizem que não são acidentes de fato, poderiam ser evitados! É o triste caso da tragédia em Abraços Partidos, uma seqüência de fatos e escolhas que vão afunilando a estrada e realmente levando a um caminho sem escolha, sem volta... como muitas e muitas que vemos ao redor.

Lançamento: 2009 (Espanha)
Direção: Pedro Almodóvar
Atores: Penélope Cruz, Lluís Homar, Blanca Portillo, José Luis Gómez.
Duração: 128 min
Gênero: Drama

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Last Days



Por Laís Olivato e Bruno Guilherme Fonseca

O filme de Gus Van Sant de 2005 é uma cinebiografia fictícia sobre os últimos instantes da vida de Kurt Cobain, ex-vocalista da banda Nirvana. Blake (Michael Pitt) é um artista introspectivo perturbado pela solidão que acompanha a sua vida de sucesso. A construção do personagem obedece à lógica dos outros filmes do cineasta. Com poucos diálogos, a narrativa se desenvolve a partir de cenas agonizantes fruto dos delírios do protagonista.
A temporalidade é um outro elemento curioso em Last Days. Para retratar a confusão mental de Blake, as cenas parecem descoladas do tempo real. Assim, quando o personagem se debruça a escrever sua carta de suicídio, uma criança cruza sua janela evocando possivelmente sua infância. Com o jogo de cenas em tempos e espaços diferentes, Gus Van Sant nos dá a dimensão de um vazio perturbador.
A falta de coerência em sua narrativa trata-se exatamente da vida sem sentido  em que seu personagem se deparava. Isolado nas ruínas de uma antiga casa de campo medieval, Blake se relaciona apenas com a sua própria natureza. Este ponto é revelado na escolha da fotografia do filme. Logo nas primeiras cenas, Blake aparece maltrapilho numa cachoeira. Em seguida, acende uma fogueira no meio de uma floresta e olha fixamente para esta paisagem. O mergulho em si mesmo sem nenhuma companhia parece perturbar seus pensamentos. Esta é a solidão introspectiva de seus últimos momentos.
Indisposto com o mundo, com as pessoas e com a própria vida, a trajetória final de Blake traçada por Gus Van Sant nos leva a refletir não apenas sobre a biografia de Kurt Cobain, mas sobre o desespero oriundo de uma vida que perdeu sentido e, acima de tudo, de um homem que perdeu o controle por si mesmo. Num último fôlego para recuperar-se, opta pela morte.
A película tem poucos diálogos, o que acaba sendo irrelevante, já que ele constantemente te convida a entender uma mente tão peculiar, incapaz de traduzir de uma única maneira. O diretor ainda brinca com a câmera (ora estática, ora em seguindo os personagens), com as metáforas e cores frias. Mas o maior diferencial está na maneira de conduzir um filme biográfico sobre uma personalidade que, indiscutivelmente, abusava das drogas. Contudo, ao invés de explorar o problema causada pelo uso de entorpecentes pelo personagem, o diretor prefere criar um personagem tão alheio ao mundo externo que as drogas são apenas mais um elemento para seu afastamento progressivo do mundo social. Gus Van Sant aborda a questão apresentando um ser humano indiferente ao mundo externo e, acima de tudo, imerso em depressão e “desencaixe social” que culminariam em seu suicídio.

Last Days – Últimos Dias Últimos Dias 
 País de origem: Estados Unidos
Ano: 2005
Direção: Gus Van Sant
Roteiro: Gus Van Sant
Elenco original: Michael Pitt, Asia Argento, Lukas Haas

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

A Brincadeira





Por: Fabiana Ratti

‘Tão subtamente, tão inopinadamente. Era isso. Não via continuação. Sempre vivi em dois mundos ao mesmo tempo. Acreditava na harmonia entre eles. Era uma ilusão. Só me resta o outro, o imaginário. Mas este não me basta para viver, o mundo imaginário. Mesmo que eu seja esperado nele.’

Milan Kundera, escritor checo, em seu primeiro romance, A Brincadeira, escreve, de forma poética, em algumas passagens do livro, a divisão do sujeito. A divisão entre o mundo imaginário, o mundo dos sonhos... e o mundo que se apresenta e que é necessário lidar... O mundo da brincadeira, da piada... e o mundo em que o suj precisa responder por seus atos... Esses mundos se entrelaçam e bailam por entre as expectativas, as necessidades e as intervenções possíveis do ser humano.

‘Percebi com espanto que as coisas concebidas por engano são tão reais quanto as coisas concebidas pela razão e pela necessidade.’
O peso que existe do aparelho psíquico na forma de ver o mundo e conceber o real... 
‘Muitas pessoas, depois de terem unido seus corpos, acham que também uniram suas almas e sentem-se automaticamente autorizadas, por essa crença errônea, a se tornarem mais íntimas. Como jamais acreditei na harmonia sincronizada do corpo e da alma, o tom de intimidade deixou-me perplexo e irritado.’ 259
Enganos e desenganos que a realidade provoca mas, que se não tocou a alma do ser, se não houve movimentação do aparelho psíquico, a realidade perde valor e a emoção impera.
‘Ah, como gosto de me enganar! Insistir como um maníaco na certeza de que meu caminho é o melhor! Vangloriar-me do poder de minha fé diante de um incrédulo!’ 313
Frases de tamanha sensibilidade e profundo contato com a ‘realidade psíquica’ marcam o romance escrito em 1965 de Milan Kundera, em que retrata quatro personagens, seus amores e desamores, num dos primeiros anos de ocupação socialista no país checo.  



Formato: Livro
Autor:Milan Kundera
Idioma: PORTUGUES
Editora: Companhia das Letras
Edição:Ano: 1999

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

As asas do desejo






Por: Fabiana Ratti
Asas do desejo, de 1987, escrito, produzido e dirigido porWin Wender marca o gênero drama fantástico e apresenta dois mundos. O mundo dos homens e o mundo dos anjos. Entre tantas visões possíveis do filme, faço aqui o recorte a respeito das vantagens e desvantagens da condição de anjo e da condição de homem.

Os anjos, apresentados no filme, entre eles Damiel e Cassiel, discutem e saboreiam as regalias dos anjos. Podem voar: ponto peso 2! Quem não gostaria de ter esta regalia? Um outro ponto peso 2 é que os anjos não sentem dor, não sentem frio, não sofrem... Olham tudo de cima... podem sair facilmente de situações desagradáveis... Observam os seres humanos preocupados e cheios de tarefas... os anjos sabem o que rola nas casas... Como se fosse um grande e ininterrúpto Big Brother!

O mundo dos homens, por outro lado, é marcado pela perda e pela dor numa Alemanha pós guerra. Os homens sentem frio, sentem inveja, choram suas perdas e não conseguem ficar invisíveis nas situações difíceis ou voar para outros territórios mais agradáveis.

Qual a vantagem do mundo humano? 

Então, numa linguagem poética, numa brincadeira de luzes, sombras e cores, Wim Winders inverte a posição do jogo. O anjo Damiel, apaixona-se pela trapezista Marion e, para ficar ao lado dela, para viver esta paixão, é preciso que Damiel abdique da condição de anjo para viver as ‘dores e delícias de uma paixão’. Ou seja, para realizar o seu desejo, é preciso que ele deixe a asas da imortalidade, do ser intocável, sem máculas, sem defeitos, sem obrigações e dores da vida de anjo!

Esta discução parece muito poética e distante. Um mundo da fantasia... do faz de conta... Porém, como psicanalista, penso que esta discussão nós a vivemos no dia-a-dia! É impressionante o número de anjos que aparecem nos consultórios:”não quero sofrer”, “não é o momento de me envolver”, “quero só curtir e deixar rolar”, “vejo o orkut ou o facebook dele(a) todo dia e ele(a) nem desconfia!”

Por que não se entregar às paixões?

Porque existe a frustração. E a frustração machuca o aparelho psíquico. Ele se dilacera quando investimos em algo e este algo não corresponde. As perdas, dores e sofrimentos que Win Wender apresenta em seu filme faz todo mundo desejar ser anjo.

O trabalho da análise, muitas vezes, é o de suturar as feridas da frustração. É como uma perna quebrada, um estômago com úlcera, etc. Existe uma ferida de fato, mesmo que psíquica, em que a pessoa não consegue investir nas outras relações porque dói muito. Está ferida. O trabalho de análise, num primeiro momento, é o de tratar a ferida, para que, paradoxalmente, o ser abandone a posição de anjo e crie asas para ir em direção a seus desejos!

Diretor: Wim Wenders
Ele
nco: Bruno Ganz, Solveig Dommartin, Peter Falk

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Existem Crocodilos no Mar e Um Heroi do Nosso Tempo






 Por:  Fabiana Ratti

Existem Crocodilos no Mar” é um belíssimo livro sobre Enaiatollah, um menino afegão de 10 anos que foi deixado por sua mãe e teve a coragem e a bravura de cruzar a Ásia em busca de uma vida melhor. Escrito por Fábio Geda, professor e escritor, este livro tornou-se best-seller na Itália devido ao carisma com que a trajetória é narrada e o leitor se envolve, torcendo pela superação dos desafios, dos embates com os ‘crocodilos’, que aparecem na vida de Enaiat.

Um ponto que gostaria de ressaltar, entre tantos que a narrativa nos impinge a pensar, é a difícil vida que tem uma pessoa, cuja mãe precisa deixá-lo, em prol da segurança e da vida de seu próprio filho! Enaiat conta os perigos e as condições sub-humanas pelas quais passam aqueles que moram no Afeganistão. As diferentes facções e lutas por poderes inúteis e cruéis. Um dos episódios mais chocantes foi sua descrição do dia em que fecharam a escola. Ele havia cursado a escola por um tempo e, um dia, apareceu um sujeito e ameaçou o professor dizendo para ele fechar a escola. O professor não deu atenção. No dia seguinte, a ameaça se repetiu, e no terceiro dia, fuzilaram os professores e fecharam a escola. Enaiatollah passou por uma experiência atroz de múltiplas violências. Perder o professor, vê-lo morrer a sangue frio, sem ter feito nada de ruim, muito pelo contrário, e ainda ficar sem escola. Enait nunca mais estudou em seu país. Não teve acesso a um dos direitos mais nobres de um cidadão. Ele, assim como todos os seus colegas e toda a sua geração. Este é apenas um exemplo. Que condição de vida, de crescimento e de futuro existe em um local como este?

Ao ler este livro, lembrei do, também belíssimo, filme “Um herói do nosso tempo”, dirigido pelo romeno-israelense Radu Mihaileanu. A história é bem diferente, mas o princípio é o mesmo. Scholomo é um menino negro, cristão, que vive na Etiópia. Para salvar sua vida, é deixado pela mãe em um caminhão com famílias de etíopes judeus que estão imigrando para Israel. Hana, uma mulher judia que havia perdido um filho mais ou menos da mesma idade, entende o pedido da mãe e o acolhe fazendo-o passar por seu filho, judeu etíope. Logo, Scholomo também perde Hana, pois esta, falece por questões de saúde e é acolhido por uma outra família da comunidade judaica. A narrativa tem um excelente roteiro e o filme é riquíssimo em discussões sobre preconceitos racial, étnico e religioso. Poderíamos ir por um desses vieses porém, o que venho discutir é que o aparelho psíquico de Scholomo respondeu de forma  diferente do de Enaiatollah ao ‘abandono’ da mãe. A mãe de Scholomo vivia em um acampamento na Etiópia. A mãe era esquelética, magérrima, provavelmente desnutrida. O acampamento era muito simples. Com pouca estrutura de condições razoáveis de sobrevivência, quiçá, poder pensar em uma vida que se mereça, com educação, saúde, futuro; impensável!

Tanto a Etiópia como o Afeganistão são lugares em que tiram a dignidade do ser humano, do cidadão. As duas mães passaram o mesmo dilema: deixar meu filho perto de mim ou afasta-lo, e assim haver alguma esperança de uma vida digna?

Penso ser este um dos piores dilemas que um ser humano pode passar.

No filme, Scholomo realmente tem acesso a uma vida digna. Acesso a saúde, à educação... Porém, entre dilemas éticos e preconceitos, penso que Scholomo fica paralisado ante o ‘abandono’ da mãe. Ele não entende o ‘abandono’ como uma proteção a sua própria vida, a única saída de sua mãe. Isto faz Scholomo ter acesso, mas de alguma forma, não usufruir, se excluir da vida que lhe é oferecida. Com muito esforço e muita tristeza, Scholomo vai batalhando por se apropriar do universo que, agora, lhe pertence. Ao contrário de Enaiatollah que, pela narrativa, passa rapidamente a batalhar, da maneira que pode, sem entrar no dilema de não ter direito às coisas pelo fato do abandono materno... Sobreviver à rejeição, ainda mais, à rejeição materna, é realmente uma galhardia para poucos! E, cada um à sua maneira, demonstra esforços e conquistas de se introduzir no mundo e ganharem seu espaço.  

Belas obras que nos emocionam e nos instigam ao debate com situações e personalidades diferentes. Nos fazem torcer também para que os cidadãos sejam mais respeitados em seus países e não precisem mais passar por tantos preconceitos: racial, étnico e religioso e que assim, as mães também não precisem amputar uma ‘parte de si’para que seus filhos sobrevivam com dignidade. Obras que valem a penas serem vistas.  
 
Existem Crocodilos no mar
Formato: livro
Autor: Fábio Geda
Tradutor: Joana angélica d'Ávila Melo
Editora: Fontanar
Biografia

Um Heroi do Nosso Tempo
Direção: Radu Mihaileanu
Ano de Lançamento: França, Bélgica, Israel e Itália, 2008
Gênero: Drama
Duração: 140min