quinta-feira, 15 de fevereiro de 2018

Lion: uma jornada para casa



Lion: uma jornada para casa (2017) dirigido por Garth Davis, retrata a história real de Saroo, um menino indiano de 5 anos que saiu de casa com o irmão e se perdeu, entrou em um trem que andou 1.500.000 km e chegou em Calcutá. Saroo não sabia onde estava e nem como faria para voltar para casa, vinha de uma aldeia com outra língua, dizia Ginestlay e era Ganesh Talai, ninguém entendia o que dizia. Depois de passar algum tempo andando pelas ruas de Calcutá foi adotado por uma família de Australianos. Depois de 25 anos ficou famoso ao descobrir o nome de sua aldeia e voltar para casa utilizando o Google Earth.    

O filme mostra 2 pontos que gostaria de ressaltar:

O primeiro é que a família de Australianos adotou duas crianças: Saroo e outro menino. Um dia, a mãe adotiva chegou para Saroo e disse que sentia orgulho dele pois ele havia aproveitado todas as oportunidades que lhe fora oferecido. Ele estudou, aprendeu esportes, fez amigos, tinha namorada, estava pronto para o mercado de trabalho, era gentil com os pais, enquanto o outro irmão era revoltado, brigava por tudo, não pegou as oportunidades e seguia o caminho de destruição das drogas.
Como analistas vemos isso cotidianamente no consultório. Pessoas que têm grandes oportunidades e não aproveitam, reclamam, abrem mão, nem sequer as enxergam. E outras que sabem enxergar, usufruir e acima de tudo, criar novas oportunidades. Sorro foi sujeito, escolheu e decidiu sua vida.

O segundo ponto é que desde pequenininho ele soube ser esperto nas ruas, fugir das adversidades,
soube analisar se a pessoa estava realmente do seu lado ou não, se dispôs a pensar. Mesmo para procurar seus parentes, Saroo se esforçou, se dedicou, sabia o que queria e não se deixou cair na vitimização. Soube ser sujeito.

Muitas vezes, no consultório, a pessoa perde-se daquilo que quer e fica na mão do outro, fica apática e inerte, sem conseguir escolher e decidir a própria vida.


Soroo nos deixa uma lição. Mesmo nas situações mais inusitadas e difíceis é imprescindível ser sujeito e decidir a direção para onde levamos nossa vida! 

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